sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A REMUNERAÇÃO E A QUALIDADE DO ENSINO

Por: CNTE
A remuneração e a qualidade do ensino
"Qualidade de ensino não tem relação com salário dos professores". Será?
No momento em que a discussão geral é o baixo salário dos profissionais em educação e que o governo, os representantes sindicais e a sociedade como um todo admitem que só a criação de um piso salarial profissional nacional poderá ajudar que nossas crianças e jovens tenham um ensino de qualidade, como é possível admitir que "salário não melhora ensino"...
A defesa da Secretária Estadual da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro foi, sem dúvida, uma tentativa desastrosa de justificar o baixo salário pago pelo estado aos professores em comparação a outros estados. Mas não é possível aceitar o argumento. Salário bom permite que nossos educadores se aprimorem cultural e profissionalmente. Só com capacitação o professor ensina melhor e promove a qualidade da educação nas escolas de todo o país.
Com uma remuneração digna é possível comprar mais livros, ir ao teatro, freqüentar salas de cinemas, o que significa formação. Baixos salários obrigam professores a se desdobrar em uma, duas, três escolas, para garantir "extras" no final do mês. Mas, como fica a
qualidade da educação se não sobra tempo para realizar um bom plano de aulas?
Como cobrar ensino de qualidade de quem recebe mal? Como sempre defende a CNTE "é essencial criar um piso que contemple a diversidade do país e valorize o professor". Os problemas da educação brasileira poderiam ser solucionados com gestão democrática e valorização dos profissionais em educação, o que inclui salários dignos, plano de
carreira, formação inicial e continuada, jornada compatível e condições de trabalho adequadas.
Será que para defender o salário pago aos professores de São Paulo a Secretária Estadual de Educação não exagerou? Porque salário tem a ver com qualidade de ensino... sim!

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